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A liberdade de expressão possui um limite
Liberdade de expressão é um direito garantido por sociedades democráticas a fim de que as pessoas expressem livremente suas ideias e opiniões , entretanto o limite desse direito deve ser estabelecido pela ética e o respeito.

Ocorre que muitas pessoas fazem uso desse direito para fazer acusações infundadas com o intuito premeditado de tentar destruir a honra e a dignidade de outras pessoas.

Não se deve confundir críticas com difamação e acusações sem fundamento. A crítica é um instrumento democrático extremamente útil , desde que seja baseada no respeito e na ética, ou seja , é a chamada crítica construtiva.
A crítica feita de modo ético e respeitoso contribui para a evolução de quem está sendo criticado, pois ela traz reflexões e norteamentos para quem a recebe, podendo, inclusive, gerar reposicionamentos.

A crítica destrutiva é desonesta . Seu propósito é desqualificar o alvo , desonrá-lo moral e profissionalmente. Ela fica mais destrutiva quando é alimentada por paixões ideológicas ou interesses mesquinhos.

Em tempos de acirramento ideológico intenso entre direita x esquerda , como o que se vive , principalmente , no Brasil e Estados unidos , a liberdade de expressão centrada na ética tem sido desprezada por grande parte da grande mídia e por políticos, com poucas exceções.

Cito dois exemplos recentes de gritante mau uso da liberdade de expressão. No Canadá , o cartunista de um jornal ,  Michael de Adder , produziu um desenho no qual retrata Donald Trump com um taco de golfe na mão, observando, com prazer, os corpos de dois latinos mortos que tentaram cruzar a fronteira em direção aos Estados Unidos, e perguntando:
- “vocês se importam se eu seguir jogando?”.
A charge do canadense é, no mínimo violenta, para não dizer desrespeitosa. Mesmo que não goste de Trump nem de sua política de imigração, o jornalista canadense não poderia fazer julgamentos subjetivos e de natureza moral sobre a pessoa do presidente. Parece ficar bastante clara a motivação ideológica  do canadense.
A situação na Venezuela , por exemplo, é extremamente mais grave. Por que o chargista não fez charges para denunciar a situação caótica do povo venezuelano ou da ditadura do governo de Maduro?

Em reunião conjunta de três comissões da Câmara ocorrida em 02/07/2019 para ouvir o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, o deputado Glauber Braga (PSOL-RJ) agrediu gravemente o ministro, tachando-o de ladrão.
O deputado se escondeu na liberdade de expressão e da imunidade parlamentar para atacar uma pessoa reconhecidamente idônea.

A liberdade de expressão deveria servir para fortalecer a democracia e não instigar o ódio , a intolerância e a injustiça, como o fizeram o deputado e o  jornalista canadense.
Marcos Antonio Vasconcelos
Enviado por Marcos Antonio Vasconcelos em 03/07/2019
Alterado em 03/07/2019


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