Marcos Antonio Vasconcelos Rodrigues Pensar e Repe

Pensar e repensar

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Gostaria de ser ateu,mas minha fé é insuficiente
Na sociedade ocidental a palavra ateu significa simplesmente a descrença em Deus. Confesso que até admiro ateus, não por seu ateísmo, mas por terem fé o suficiente para não acreditarem em Deus. Para se declarar ateu é preciso ter muita fé, e bote fé nisso. Eu teria que abrir mão de uma série de obviedades.Inclusive, negar a lei elementar da ciência: a de causa e efeito. Além do mais, teria que ignorar a existência de Jesus histórico (não falo nem do Jesus bíblico), só para citar duas obviedades. Imagine ter que admitir que algo pode vir a existir sem que alguém o tenha edificado, construído, produzido? Confesso honestamente- não tenho conteúdo, nem fé suficiente para ser ateu.Outro dia, vendo um site especializado em ateísmo, li uma lista de pessoas “famosas” de A a Z que se declararam ateias. Até Albert Einstein, cientista que formatou a teoria da relatividade aparece na relação como ateu. Einstein, judeu, é autor da famosa frase: “A ciência sem a religião é paralítica, a religião sem a ciência é cega”. A lista relaciona diversas  “celebridades” de todas as áreas do conhecimento humano através da história,declaradamente ateus,segundo o site.É como se os autores da Página quisessem dizer “ Veja, os maiores gênios são ateus. Só os bobos creem em Deus.” Mas, seria isto verdade? Alguém poderia ser extremamente sábio para assimilar conhecimentos extremamente complexos, mas extremamente tolo e rude para assimilar e compreender eventos extremamente simples. O fato de alguém ser um cientista ateu respeitado e famoso  que venha a desenvolver uma linha de argumentação aparentemente coerente, não significa dizer que suas afirmações estejam corretas ou que suas argumentações não devam ser questionadas. Afinal, já foi dito por Shakespeare: "há muito mais coisas entre o céu e a terra do que a nossa vã filosofia possa imaginar". Há outras perguntas simples:  qual a utilidade prática de alguém ser ateu? Isto a fará mais feliz? Sofrerá menos? Deixará de ter conflitos existenciais? Deixará de ser pó e cinza? As coisas como são, serão alteradas por causa do seu ateísmo?  Enfim, seu ateísmo está colaborando para um mundo de paz e fraternidade entre as pessoas? Ou terá que fazer esforços insanos para negar o óbvio? Lembrei de Charles Darwin. Ele era um crente fervoroso que estava se preparando para ser pastor anglicano. Ele tinha 22 anos quando embarcou no Beagle ,um veleiro da marinha inglesa. Essa viagem deixou Darwin famoso para o mundo, mas em dívida com o Céu. No seu livro" A Origem das Espécies” ele afirma: “ O mundo não foi criado por ninguém...” “ todos os grupos, inclusive, plantas e microorganismos conduzem a uma única origem da vida na terra – A ameba original”. Com estas afirmações Darwin excluiu a possibilidade de um Ser criador. Não foi forte o suficiente para acrescentar :“-Mas por trás de todo o processo evolutivo há uma Mão divina conduzindo  a evolução". Talvez, eu até gostasse de ser ateu, no entanto, as obviedades não permitem e minha fé é tão pouquinha para isso.


Marcos Antonio Vasconcelos Rodrigues.
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Marcos Antonio Vasconcelos
Enviado por Marcos Antonio Vasconcelos em 17/12/2010
Alterado em 18/04/2015


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