Marcos Antonio Vasconcelos Rodrigues Pensar e Repe

Pensar e repensar

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Textos

Um líder que não se sacrifica , que só pede benefícios é um líder estragado
A missão principal da Igreja é preparar e qualificar as pessoas espiritualmente para a vida após a morte física,por meio da pregação da Palavra e do sacrfício de seus líderes. Porém,com algumas exceções, "líderes" espertos abraçam a "causa do evangelho" com o propósito de conquistar o que não conseguiriam fora da Igreja: prosperidade , acúmulo de bens materiais e prestígio. Ao invés de se sacrificarem pelas ovelhas ,sacrificam as ovelhas."O bom pastor dá a vida pelas ovelhas",afirmou o Mestre. "Líderes" religiosos,especialmente os que se baseiam na teologia da prosperidade,que recebem salários não estão fazendo um trabalho celestial."Dai de graça o que de graça recebeste". Um verdadeiro líder não vive para receber salário,nem tampouco acumular fortuna e construir impérios por meio de ofertas e dízimos. Ele deveria viver pelos prêmios de seus sacrifícios,conforme fizeram os Campeões de Deus. Aliás, todos nós inclinamos nossas cabeças para estes homens porque se sacrificaram,derramaram sangue e lágrimas pelos propósitos de Deus e da Humanidade. Um líder que não se sacrifica,nem derrama lágrimas  e que só pede benefícios prometendo, como pagamento, as bênçãos de Deus é um LÍDER ESTRAGADO. A Igreja deveria ser como a Tribo de Levi. Não houve distribuição de terras para essa Tribo. Ela fazia parte das doze tribos,mas não possuía nenhuma terra. A "propriedade" deles era a Igreja. Mas para Deus qual era a Tribo de Seu coração? Sem dúvida,era a Tribo de Levi. Sem terras,sem riquezas.Assim,pode-se deduzir que todos aqueles que recebem salários e se enriquecem à custa de dízimos e ofertas podem ser considerados "Gentios". Aqueles que não recebem salários ,mas mantêm a Igreja e participam das atividades sem explorar ,sem exigir nada em troca são os pilares da Casa de Deus.A Tribo de Levi nos dá um exemplo de como deveria se comportar a Igreja:cuidar da parte espiritual do povo.Esse foi o caminho seguido pela Tribo de Levi. É verdade que foi ordenado por Deus às outras tribos que dessem à Tribo de Levi as ofertas e dízimos. Mas isto para a"manutenção da Casa do Senhor" e para suprir necessidades emergentes dos fiéis. Jamais para deleite e enriquecimento dos sacerdotes.Com o surgimento das chamadas "igrejas neopentencostais" que baseiam sua doutrina na chamada "teologia da prosperidade" o evangelho virou,praticamente, mercadoria de troca. Tais "igrejas" recrutam seus "fiéis" via meios de comunicação de massa como o rádio e a televisão . Prometem a cura das enfermidades,a prosperidade material ,a realização do sonhos nunca "dantes" realizados. Tudo num "estalar de dedos". Basta participar das reuniões,(eles não chaman de cultos),fazer as "campanhas",dar as ofertas, os dízimos,pelo menos. Pronto,faça tudo com fé e todos os seus problemas serão resolvidos. Ah,não deu certo? A culpa é do membro. A fé foi pouca. Afirmam que são evangélicos,mas o propósito essencial do evangelho,que é pregar para a salvação da alma,para o arrependimento ,para a renúncia,tudo isso é "jogado no lixo". Quando utilizam a Bíblia,dão destaque ao Velho Testamento,onde há referências ao que interessa: as ofertas e os dízimos.O evangelho de Jesus é pouco citado. Motivo? Jesus pregava o desapego material,a santidade,a correção para a salvação da alma. Afinal,a natureza humana ,eles sabem,não procura tais coisas. Falar sobre isso talvez pudesse "espantar" os fiéis. Consequência? Redução das ofertas e dízimos. Basicamente,é mais ou menos isto o que ocorre diariamente nas reuniões de tais "igrejas". Embora seja pouco perceptível,essas "igrejas trazem alguns problemas, cito alguns deles. Primeiro: é um tipo de "igreja" com a qual o membro nunca pode contar numa emergência. Lá só entra,nada sai de lá. É o contrário do que se afirma nos Atos dos Apostólos:"partilhar do pão e das orações.


Segundo:Utilizam a mesma estratégia do "capitalismo selvagem": acumulação de capital a qualquer preço,sem se importar com as "dores" do explorado.


Terceiro: a culpa pelo insucesso do membro é somente dele. Não teve fé suficiente. Não deu as ofertas,os dízimos. Além do mais,o fato de uma pessoa não ter uma profissão, estudo e qualificação são aspectos desconsiderados  quando as coisas não dão certo no lado profissional.Além disso,é comum ocorrerem situações de constrangimento nos momentos de ofertas e dízimos. Quem dá mais, é mais valorizado. Não é diferente do "mundo decaído" onde você vale pelo que possui.Jesus jamais tomaria uma atitude destas. "Lembra da pobre mulher que deu uma única moeda como oferta e foi elogiada por Jesus?Quarto: A "igreja" foge totalmente aos propósitos de uma Igreja:preparar espiritual,psicológica e emocionalmente o fiel para a vida após a morte e, é claro,enquanto está aqui ,na Terra. Quinto: Um problema sério: algumas das "igrejas da teologia da prosperidade" utilizam seus membros como "massa de manobra" para votarem nos candidatos da "igreja".Após eleitos os candidatos ficam descompromissados com a sociedade,são isentos de cobrança porque foram eleitos pelos seu membros ,além de tais candidatos serem representantes dos interesses da "igreja" que os elegeu. Sexto: rádios comerciais e comunitárias,por exemplo,não podem ter programações segmentadas. Por que somente os grupos de comunicação pertencentes a tais "igrejas" podem tê-las? São vinte e quatro horas no ar recrutando futuros fiés e fazendo "propaganda" de supostos milagres. Tudo com o objetivo de arrebanhar mais membros e consequentemente o aumento das ofertas e dízimos.Sétimo: outro dia ouvi um dos "líderes de uma dessas "igrejas" da prosperidade dizendo: " a função social de nossa igreja é enorme. Geramos milhares de empregos". Ora, com tal afirmação o "líder" afirma de forma indireta que sua "igreja" desempenha mais o papel de uma empresa do que de uma "salvadora de almas" sendo assim,deve registrar-se como empresa,não como "igreja" e assim,pagar todos os impostos como toda empresa é obrigada a fazê-lo. Quando consumimos um alimento estragado,estamos colocando em risco nossa saúde física. Os danos que os líderes estragados podem provocar nas vidas podem ter um alcance bem maior: A ETERNIDADE...


P.S. Meu ponto de vista é absolutamente independente,resultado de observações,reflexões e leituras.Não tenho nenhum cargo eclesiástico em nenhuma denominação religiosa. Também nunca fui membro de nenhuma igreja que adotasse a teologia da prosperidade como doutrina central.Nunca tive nenhum tipo de discussão ou desentendimentos com quaisquer membros dessas denominações . Apenas quero contribuir com algumas ideias  para que se gere uma reflexão aprofundada sobre a crise por que passam as religiões,especialmente as cristãs,aqui no Brasil.

Marcos Antonio Vasconcelos Rodrigues
Marcos Antonio Vasconcelos
Enviado por Marcos Antonio Vasconcelos em 23/12/2011
Alterado em 16/05/2021


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