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Coração enganoso, mas valioso
Jeremias , um escritor do Velho Testamento, já havia advertido há milênios “enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso quem o conhecerá...?” Entre todos os seres criados o que apresenta inclinação para “as falhas” é o coração humano. Realmente, o dia-a-dia tem nos mostrado que nós - seres humanos - cometemos “falhas” que nenhum outro ser vivo será capaz de cometer.
Tomemos como exemplo o cão (cachorro). Ele não trai, não ataca, não agride seu dono, (a menos que esteja doente) é extremamente fiel. Há pessoas de comportamento tão inferior, que chamá-las de “cachorro” seria uma ofensa ao próprio animal. Os animais, em geral, não poluem, não agridem seu “habitat”. O apóstolo Paulo expressou com grande tristeza a situação da natureza sob domínio do “homem de coração enganoso”. Ele afirmou – “a natureza geme com dores de parto, aguardando a adoção do homem como filho de Deus”. Apesar de tão enganoso e contraditório, o ser humano continua sendo “a menina dos olhos de Deus”. Embora em alguns aspectos os animais tenham comportamentos superiores aos nossos, eles não são capazes de alterar, transformar o meio em que vivem. Além do mais, os humanos apresentam uma realidade, segundo a Psicologia, bio-psico-social-espiritual. Ou seja, os animais não são dotados de características que lhes deem uma dimensão eterna. Por isso, entender que o ser humano, naturalmente, já nasce com “o coração enganoso” e que apesar disso, ele é a expressão máxima da criação, é importante para que venhamos a compreendê-lo mais e consequentemente sofrermos menos. Já que “todo coração” já nasce com a inclinação para “falhar” é possível deduzir que todo ser humano já se decepcionou com alguém ou já decepcionou, mesmo que de forma involuntária ou forçado por circunstâncias. A dor é maior quando somos enganados por uma pessoa do nosso convívio diário – cônjuge, namorado (a), amigos, familiares. Nesses casos, a dor é imensurável. Mesmo assim, precisamos continuar acreditando no ser humano, mas sem esperar muito, pois “todo coração é enganoso”. Jesus, é claro, entendia muito bem qual a “origem do defeito do coração humano”, por esta razão, Ele disse – “Pai, perdoa-os. Eles não sabem o que fazem”. Nenhum ser humano foi decepcionado tão cruelmente como o Mestre. No momento crucial de sua missão, foi abandonado por seus discípulos, um deles, o negou três vezes. Outro O vendeu por trinta moedas. Seus conterrâneos gritavam – “crucifica-O, crucifica-O!”. Os líderes religiosos que deveriam apoiá-lo, uniram-se a Roma contra Ele. Certa vez, Ele afirmou amargamente – “Jerusalém, Jerusalém, que mata os profetas e apedrejas os que te são enviados. Quantas vezes eu quis juntar teus filhos como uma galinha junta seus pintinhos debaixo de suas asas e tu não o quiseste...” O Mestre foi crucificado sozinho, entre dois ladrões, abandonado por tudo e por todos. Quem poderia sofrer uma decepção maior? Isto O fez desistir do ser humano? Isto O fez colocar o ser humano abaixo dos animais? Não. Que o Senhor nos dê força e humildade para compreender “como é enganoso e perverso o coração”, assim, viveremos melhor, teremos mais saúde e sofreremos menos. E que apesar de suas fraquezas, o ser humano ainda é aquilo que Deus fez de melhor, por isso vem fazendo investimentos através da História para recuperá-lo. Marcos Antonio Vasconcelos Rodrigues Esta obra está registrada e licenciada. Você pode copiá-la, distribuí-la, exibi-la, executá-la desde que seja citado o autor original. Publicado inicialmente no Blog Sinto muito, mas preciso falar em 12/02/2009
Marcos Antonio Vasconcelos
Enviado por Marcos Antonio Vasconcelos em 21/12/2013
Alterado em 18/04/2015 |