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Pesquisas de intenção: Tem-se mais razões para desacreditar do que para acreditar
Pesquisas de intenção de voto:
Existem mais razões para desacreditar do que para acreditar Segundo os institutos de pesquisa,as pesquisas de intenção de voto obedecem a um rigor estatístico sendo feitas por meio de "amostras", ou seja, escolhem determinados espaços geográficos e redutos de eleitores. Dividem os eleitores de acordo com sexo, escolaridade, profissão ou ocupação, idade e espaço geográfico (local onde o leitor mora). Segundo eles, eleitores com características semelhantes apresentam a mesma inclinação política. Todavia, é indispensável observar certos aspectos que podem contribuir para se desacreditar, em parte, nessas pesquisas. A quantidade de pessoas entrevistadas e o número de locais visitados são pequenos em relação à quantidade de eleitores e municípios. Na última pesquisa para presidente da República divulgada pelo Datafolha em 22 de agosto de 2018, apenas 8.433 pessoas foram entrevistadas e somente 313 municípios brasileiros visitados. Ora, o Brasil possui 5.570 municípios e 207,7 milhões de habitantes, destes 147.302. 354 pessoas estão aptas a votar nas eleições de 2018. Mesmo que os institutos digam que não precisam de grande percentual , pois trabalham apenas com "amostras" mas não se pode deixar de considerar que tais "amostras" são muito pequenas para ter condição de representar com fidelidade a quantidade de municípios e de eleitores. Outro fator que não se deve desconsiderar é a subjetivida das pessoas envolvidas na pesquisa.Já que em qualquer atividade não se pode eliminar o aspecto subjetivoda pessoa que realiza o trabalho nem tampouco sua inclinação política , é natural que dependendo da visão ideológica do instituto e das pessoas que realizam a pesquisa ( Já que ninguém consegue ser imparcial) o resultado dela não consiga refletir com fidelidade as amostras pesquisadas. Por exemplo: se o instituto Datafolha tem preferência política pelo PT é natural que os entrevistadores sejam orientados a fazer a pesquisa em locais onde a preferência pelo candidato do partido seja mais expressiva. Outra questão que afeta diretamente o resultado da pesquisa é a presença da corrupção em todos os setores de atividades. Não estou querendo dizer que os institutos de pesquisam "fabriquem" pesquisas para vender a candidato ou partido A ou B, porém seria ingenuidade desconsiderar a possibilidade do "fator corrupção" em um país em que até mesmo a Suprema Corte se encontra sob suspeição pela maioria da população. Então,diante desse quadro, por que somente os institutos de pesquisa estariam isentos de se corromperem? Não se deve esquecer, principalmente , dos erros grosseiros cometidos pelos institutos de pesquisa nas eleições desde 1985. Cito um caso emblemático ocorrido em Fortaleza. Na eleição à prefeitura de Fortaleza no ano de 1985. (Lembro que o segundo turno passou a valer a partir de 1992) A pesquisa IBOPE afirmava que o candidato Paes de Andrade (PMDB) ganharia a eleição com folga e que a candidata do PT, não apresentava a menor chance de vencer, pois detinha apenas 10% das intenções de voto. Imagina quem venceu a eleição? Maria Luiza Fontenelle, candidata do PT. Caso se vá pesquisar, serão encontrados dezenas e dezenas de outros erros cometidos pelos institutos de pesquisa. Diante, de tantos erros e modo de realizar as pesquisas , será que se deve continuar dando tanto crédito a elas? Marcos Antonio Vasconcelos Rodrigues- professor concursado da rede estadual de ensino, autor do livro "Palavras do meu sentimento" , redator do Site Eternamente Futebol. Fontes consultadas: Site do TSE Site do IBGE
Marcos Antonio Vasconcelos
Enviado por Marcos Antonio Vasconcelos em 25/08/2018
Alterado em 23/05/2019 |