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Presidente, construa base de apoio no Congresso, conquiste paz para governar e elimine o governo paralelo
Presidente, construa uma base de apoio na Câmara e no Senado, conquiste paz para governar e elimine o governo paralelo do Rodrigo Maia

Vivemos em um país em que os políticos se elegem com o principal propósito de angariar benefícios para si mesmos e para os grupos que defendem.
Todos sabem que , com raras exceções, eles nunca estiveram preocupados com o povo. Diante de parlamentares “viciados” e interesseiros , nenhum presidente consegue se manter no cargo se não construir uma base de apoio na Câmara e no Senado.
Para apoiar , eles querem cargos em todos os escalações do governo , querem outros “benefícios” e algo mais.
Hoje , ( 20/04/2020) , estive pesquisando os mandatos de todos os presidentes da República após o Regime Militar (que se encerrou em 15/03/1985):José Sarney, Fernando Collor , Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso, Luís Inácio Lula, Dilma Roussef e Michel Temer. Sabe o que há de comum entre os que conseguiram cumprir mandatos e os que não conseguiram?
Que os dois únicos presidentes que perderam a maioria de apoio no Congresso perderam também o cargo.
Eu estou convicto de que os dois “impeachments” poderiam ter sido evitados. Por exemplo: Dilma perdeu o cargo porque se negou a negociar.
Eles não estão preocupados se o presidente tem vocação autoritária ou não . Se o presidente é de esquerda ou de direita. Se tem simpatia por Cuba ou Estados Unidos. O que eles não querem é perder suas  fatias do bolo.
Após conquistar a maioria na Câmara e no Senado , o governo teria uma relativa paz e o presidente disporia de sossego para governar e conquistar a reeleição.
Teria bastante tempo para traçar estratégias, e quem sabe elaborar , futuramente, uma nova Constituição ou reformar a atual e , assim , corrigir as distorções que fazem com que o Presidente se mantenha refém do Congresso.
Nem precisa dizer que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, está conseguindo fazer um governo paralelo e preparando candidatura para presidente em 2022 porque o presidente não tem maioria no Congresso
Que fique claro: Não se propõe a que o presidente se alie à cultura histórica do "toma lá dá cá". Todavia, Bolsonaro precisa ser estratégico nesse momento de crise.
O ideal é que trabalhe , pelo menos por enquanto , com as peças que estão disponíveis sobre o tabuleiro do jogo político a fim de que consiga finalizar seu mandato e , a partir de um provável segundo governo (reeleição) , trabalhe pelas vias "legais" para quebrar a tradição da cultura do "toma lá dá cá".
Como cidadão consciente , entendo que esse ciclo ( do toma lá dá cá) só tem trazido prejuízos à população e benefícios para políticos e grupos que eles representam. A cultura do “toma lá dá cá” precisa ser superada, sim, mas não por meio do confronto. Só quem sairia no prejuízo, como sempre, seria a parte mais vulnerável da população.

Marcos Antonio Vasconcelos Rodrigues- professor concursado da Rede Pública de Ensino .
Autor do livro “Palavras do meu sentimento “
Marcos Antonio Vasconcelos
Enviado por Marcos Antonio Vasconcelos em 20/04/2020
Alterado em 22/04/2020


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