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Marcos Antonio Vasconcelos Rodrigues Pensar e Repe

 

Pensar e repensar

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Textos


[NO FUTEBOL, NÃO HÁ MAIS ESPAÇO PARA A PAIXÃO. LEIA O TEXTO E DESCUBRA POR QUÊ.]

[NO FUTEBOL, NÃO HÁ MAIS ESPAÇO PARA A PAIXÃO. LEIA O TEXTO E DESCUBRA POR QUÊ.]

 

Se foi o tempo em que a arquibancada pulsava unicamente pela paixão clubística. Houve um período nostálgico, frequentemente evocado como a era do "futebol romântico", onde os atletas pareciam vestir a camisa com uma devoção inabalável, priorizando o orgulho de representar a sua comunidade e os laços afetivos com o clube acima das cifras financeiras. Era uma época em que o grito de gol ecoava como uma manifestação pura de amor e identidade.

Contudo, o cenário contemporâneo do futebol, especialmente no Brasil, apresenta contornos bem mais sombrios e complexos, destruindo progressivamente esse idealismo. A proliferação de escândalos de corrupção, que corroem a credibilidade das instituições e lançam uma sombra de desconfiança sobre os resultados, e a crescente influência das Casas de Apostas, com seus interesses muitas vezes nebulosos, sufocam o espaço para a espontaneidade da paixão. O torcedor se vê diante de um jogo onde a integridade das competições é constantemente questionada.

Ademais, a introdução do árbitro de vídeo (VAR), que prometia esclarecer controvérsias, paradoxalmente se tornou fonte de ainda mais frustração e descrédito. Erros grosseiros de arbitragem, mesmo com a tecnologia à disposição, alimentam a sensação de injustiça e manipulação, minando a confiança na imparcialidade do futebol. A isso se soma a postura de alguns jogadores que, compreensivelmente, demonstram desinteresse quando seus salários estão atrasados, expondo a fragilidade da relação entre atleta e clube e a priorização do aspecto financeiro em detrimento do desempenho em campo.

Nesse contexto, a outrora vibrante paixão do torcedor se vê confrontada com uma dura realidade. A pureza do sentimento é maculada pela desconfiança, pela sensação de que o jogo não é mais jogado apenas dentro das quatro linhas.

A conexão visceral entre a arquibancada e o gramado se enfraquece, dando lugar a um misto de desencanto, indignação e, por vezes, até mesmo apatia. O romantismo do passado parece distante, e o futuro da paixão no futebol brasileiro permanece uma incógnita em meio a tantas incertezas.

 

Marcos Antonio Rodrigues - Desportiva, Mestrando em Ciências da Educação. Acompanha futebol desde os anos 1970.

Crédito da foto: Amazon

Marcos Antonio Vasconcelos
Enviado por Marcos Antonio Vasconcelos em 02/05/2025
Alterado em 22/06/2025


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